Os estudantes ingressam no fundamental II, tendo dessa etapa a ideia de que serão de repente autônomos, participando de uma nova geração. O jovem vive, então, a entrada nos anos finais (6º ao 9º) em uma síndrome de lagosta, como indicava Françoise Dolto. Ele abandona sua antiga carapaça sem ainda ter a carapaça de sua nova vida.

A adolescência é marcada pelo abandono das brincadeiras da infância, da reinvidicação de uma autonomia precoce, da transformação dos estilos de vestir e corporais, da adoção de ferramentas de comunicação modernas (celular, SMS, redes sociais,ficando o adolescente em meio termo entre as expectativas dos pais e a pretensa autonomia. Observam-se mudanças significativas no desenvolvimento do estudante, surge um novo corpo e novas formas de compreensão do mundo.

Novos desafios são introduzidos nesse segmento escolar, mas priorizando a manutenção do vínculo dos alunos com o conhecimento, competência adquirida nos anos iniciais.

Gradativamente, o currículo vai ganhando um caráter mais político e cada vez mais voltado para o universo além dos muros da escola. É tempo de discutir profundamente acontecimentos culturais, políticos, econômicos, tecnológicos e do meio ambiente, seja em contextos próximos ou distantes.