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Ex-aluna dedica artigo à escola

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PRATO PREDILETO

Ao conseguir “colher” as primeiras palavras na esparramada imensidão de um texto, a criança aprofunda e amplia suas descobertas ( antes restritas a desenhos, sons e cores) em relação ao mundo e pode então interagir melhor com a realidade em que vive. Quando se descobre a leitura, quer-se ler de tudo: todas as placas, todos os recados, todos os livrinhos... Depois, como tudo (ou quase tudo) o que se torna comum e rotineiro, a leitura vai perdendo o encanto, principalmente quando descobrimos que ela nos traz cobranças e se toma uma obrigação, à medida que, na escola, dependemos dela em todos os momentos, seja qual fer a matéria estudada.

A época do vestibular então, chega a ser um assombro, quando nos vemos diante de uma lista de “obras clássicas”, que parecem muito mais profundas do que os nossos sentidos podem captar. É, no entanto, uma pena que isso ocorra e que, cada vez mais, as mãos das crianças e dos adolescentes, deixem de segurar um livro para segurar um controle de TV ou de vídeo-game.

Acredito que, embora não sejam as únicas, as escolas são também as responsáveis pela falta de empenho e pelo baixo índice de leitura entre os alunos. Isso, porque me parece muito difícil desvincular o hábito de leitura, do prazer. Os adultos, em sua maioria, já se conformaram e sabem que nem todos os hábitos são prazerosos.

Mas, para a criança, essa é uma visão particularmente difícil. Escovar os dentes, por exemplo, é um hábito não muito agradável na vida da maior parte das crianças, mas elas sabem que, se não o fizerem, terão cárie e serão as únicas prejudicadas. Já o caso da leitura não é tão palpável, e o aluno tem dificuldade para enxergar os possíveis transtornos que pode enfrentar, pela falta de familiaridade com os livros. O problema é que as escolas, de modo geral, não se preocupam em fazer com que os livros se incluam no universo da criança, antes mesmo que ela aprenda a ler. O aluno tem que crescer consciente de que a leitura aumenta o vocabulário e a fluência oral, facilitando, conseqüentemente, a comunicação. Além disso, proporciona uma visão global e crítica do contexto no qual se está inserido e constitui uma atividade fundamental para o aprimoramento da escrita.

Por tudo isso, o momento de ter contato e aprender a gostar dos livros, antecede em muitos anos o período do vestibular. Só assim, ao se encontrar com Machado de Assis, com Guimarães Rosa, com Pedro Nava, com Graciliano Ramos e com tantos outros que possuem a “pitada da poeira dos gênios”, o aluno conseguirá degustar cada palavra com o mesmo gosto com que se come o doce preferido. E, que nesse momento, ele entenda que, mais do que alimentar o cérebro, os livros alimentam a alma.
 
Dedicatória de Maria Luiza Rodrigues
 

 
"Dedico este artigo à Escola Crescer PODIUM, uma das responsáveis por eu ter me apaixonado não só pelos livros, mas por todo processo de conhecimento. Obrigada por terem contribuído para que em minha infância, eu me tornasse uma leitora voraz. Com certeza, essa é uma parte importante da minha história, porque me abre ( ) e continuará me auxiliando por toda a vida.

Considero-me privilegiada de ter feito parte do processo de construção dessa rede, que me tornou não só o sujeito, mas o agente na descoberta do "saber". Aprendi brincando, experimentando, fazendo. E por isso, justamente, posso dizer que APRENDI. Não foram meros conceitos e frases decoradas."

Grande Abraço,

Maria Luiza Rodrigues
11/10/2004
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